Epígrafe do livro Contos do nascer da terra, de Mia Couto.
Não é da luz que carecemos. Milenarmente a grande estrela iluminou a terra e, afinal, nós pouco aprendemos a ver. O mundo necessita ser visto sob outra luz: a luz do luar, essa claridade que cai com respeito e delicadeza. Só o luar revela o lado feminino dos seres. Só a lua revela intimidade da nossa morada terrestre.
Necessitamos não do nascer do Sol. Carecemos do nascer da Terra.
(COUTO, Mia. Contos do nascer da terra. 6. ed. Lisboa: Caminho, 2006, p. 7)
O que me pode dizer acerca desta epígrafe? Uma análise ou comentário.
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